quarta-feira, 4 de julho de 2012

Abso(luto) azul





Sentimentos difíceis
ultrapassam limites
do humano seguro
na impotência da vida

perdas irreparáveis
estraçalhando serenidades
olhares mórbidos, flores fétidas
nenhum vento, só lamento

Quietude em abraços
perdidas expressões
num arrastar lento
lágrimas cansadas
de um inconformismo
já sobre-humano

há de vivenciar mudanças
casa vazia,lembranças
noites frias de ausências

Há vidas em mortes
e mortes em vidas
não é fácil sabê-las...
não é fácil vivê-las

Hoje o dia esteve
v
e
r
t
i
g
i
n
o
s
a
m
e
n
t
e
azul...
num cenário destoante
com a tristeza

pai, filho e espírito santo
hão de aceitar tua vontade

 




Adriane Lima






Arte by Mihai  Criste

Instantes sólidos


 
Noite escura
tecem texturas
minha pele nua
não suporta a insônia
quer fazer poemas
mas não há um grão
em minha imaginação
escuto o silêncio
um avião corta o ar
impossível olhar
a alma e se acostumar
superficialidades
a palavra escondida
quer vida,quer afeto
dentro de mim
nomes, fomes
que tentam viagens
vícios e ousadias
me escapam pelo ralo
do olhar ambíguo
enigmas
dessa crença
que fazer poemas
com rima é ofensa 
que a metalinguagem
é sólida
e essa companhia
é o novo sal(do) poeta
sopros em esgrimas
onde balançam as palavras
em finas pontas de espadas
dentro de um sonho
cheio de pluralidades



Adriane Lima 






 Arte by Silvia Pelissero
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