sábado, 27 de dezembro de 2014

Olhos dissonantes




Muitas vezes cansa
o egoísmo frágil
de se provar humano
a necessidade voraz
de se gostar desumano

Destino e presunção
de quem está vivo
ou ao menos crê nisso

Desejo e contemplação
de inventar desafios
se atormentar por algozes
ler frases funestas
digerir espinhos em festas
odiar com louvor e exaltação

É preciso recolher os cacos
das palavras frágeis e grudentas
não permitir que colem ao corpo
muito menos passem perto do coração







Adriane Lima











Arte by Patricia Ariel 

Onde o peso se fez leve





Minha alma vive sozinha
molhada de sonhos
entre famigerados anjos e aluviões
cheias e vazantes
serpentes e dragões
vez em quando noite adentro
finge-se de boazinha
dança com fadas e poetas
e ao raiar o dia coloca-se ao sol
para secar-se dessas sensações

 




Adriane Lima









Arte by Patrícia Ariel 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...