quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Poesia Empoeirada



Sou apenas uma mulher
sendo levada
pela poesia do cotidiano
poeira dos móveis
roupas no varal
louças na pia

há calmaria nas flores
do quintal
nem o vento
como companhia

o céu azul
de nuvens brancas
onde tento
enxergar desenhos

mas, estou sem olhos
para a poesia

meu poema está
nas mãos
onde sozinha
vou compondo
tudo isso :

- pedaços do acaso

sorriso de lembranças
uma música ao longe
instantes que me chamam
para viver

hoje a poesia
dorme tranquila
dentro de mim

minha caixa de letrinhas
está repleta dos sons
da eternidade

mais tarde, vem a
metamorfose
o casulo do final tarde
já me faz borboleta

abro as asas do sonho
compondo uma ode as estrelas


 
 
Adriane Lima
 
 
 
(Arte by Dun Huynh )

Extremidades







Queria entender de estrelas
tendo elas cinco pontas
em cada uma deve haver
uma língua distinta


em uma delas
acredito que só deva
se falar de amor

-Nossa!

As mãos também tem cinco pontas...


 
Adriane Lima
(Imagem retirada da net )
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