quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Onde adormece o silêncio


Não me pergunte sobre o tempo
se está frio ou se vai fazer calor
O tempo é dono do agora
e não, das intempéries lá fora

Me pergunte como o tempo
acordará os sonhos adormecidos
O tempo é sempre fluído
tão avassalador e desmedido

O tempo repousa em trapézios invisíveis
ou entre pulos de ovelhas esperançosas
travessias entre vida e morte

Não me pergunte sobre o tempo
deixe-o cuidar do mistério humano
do possível infinito, no verso de um poeta

Não pergunte sobre o tempo
viva-o, antes de ser tocado por ele
entre as respostas turbulentas das horas









Adriane Lima


Arte by Sophia Bonatti





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