sexta-feira, 2 de novembro de 2018
Seja mais você
Tantas mulheres em seus
silêncios absolutos
no peito uma música clássica soa
andante, vibrante, torrencial
Não choram, não estremecem
diante rotinas de gritos,
espasmos
e desejos mortais
Descobrem-se um dia
calmaria em silêncio e
paz
não deixaram crescer o ódio
Amor próprio é o que satisfaz
Adriane Lima
Arte by Lizzie Riches
Alongar de asas
Meus abismos
são dores contemporâneas
onde lá na frente me lanço em vão
São olhares que se cruzam
no deserto, eu, oásis em solidão
O meu mais belo sonho
já não existe, foi vivido e
guardado no peito
pela grandeza de outrora
Hoje já não faz sentido
colocá-lo do lado de fora
o mundo se faz evasivo
para quem é sensível
E ninguém está disposto
a sonhar quimeras
projetar amores
ser um sonhador
As minhas mãos
plantam flores, pintam telas e
colocam palavras no papel
Já me basto
meus abismos, eu, os encaro
olhando a xícara do café diário
o que não é nada banal
Adriane Lima
Arte by Amanda Grieve
Escolho flores
Teu corpo pétala
hoje só a lembranças da flor
O tempo é tudo que invade
memórias portáteis e sem dor
Adriane Lima
Arte by Amanda Grieve
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