terça-feira, 12 de agosto de 2014
A dona de minha aldeia
O caminho sabemos
pé ante pé de ensaios
mão ante mão de ensejos
cálida fruta mordida
florida entre desejos
nasceste do amor
verdade
andaste apoiada nele
em tuas necessidades
esculpida em genética
moura
pele úmida maçã
negros cabelos noite
surpresa entre meu clã
princesa de meu cenário
dona de suas vontades
abrupta em tempestades
teu mar é meu sal de agora
o céu que não habito
entardeço a toda hora
suave orvalho que agora chora
quando gritaste : já sou
uma nova vida virá de ti
e saberá como é nascer
e morrer para o amor
- espelho e semelhante
Adriane Lima
Arte by Igor Morsk
Poema profético
Sob a saia
escondi
o galope
e tremor
a Salomé
que me enseja
deveria servir
tua bela cabeça
em bandeja
escondi
o galope
e tremor
a Salomé
que me enseja
deveria servir
tua bela cabeça
em bandeja
Adriane Lima
Arte by Xi Pan
Linha de sangue
Desce o tempo
tece o fio
emaranhados
sentimentos
não fluem
feito um rio
na pressa
perde-se o ponto
vida é agulha
tece o fio
emaranhados
sentimentos
não fluem
feito um rio
na pressa
perde-se o ponto
vida é agulha
Adriane Lima
Arte by Martim Llamedo
Poema plácido
O susto do silêncio
que fala
na madrugada calada
o parto não é pior
que a dor vazia de
um quarto
que fala
na madrugada calada
o parto não é pior
que a dor vazia de
um quarto
Adriane Lima
Arte by Marie Channer
Encaixes
Quem ama
repara na flor
no pássaro
que faz o ninho
quem ama
tem olhos
aquecidos
com o calor
do primeiro beijo
repara na flor
no pássaro
que faz o ninho
quem ama
tem olhos
aquecidos
com o calor
do primeiro beijo
Adriane Lima
Arte by Igor Morsk
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