Onde todos buscam segurança
busco saídas, mas meu poder é nada
meu destino habita o silêncio dos Deuses
feito da maldade dos homens
O ar queima sem arder a vida
o pulsar de cada gesto
tão viril e indigesto
me fazem agonizar
e como árvore no outono
minhas folhas caem e entardeço
na tristeza de não pode voar
Me torno dura, sem medida
sou a que sonha, sem apegos
nem a procura de abrigo
a que vai sem ensejos
de felicidade oferecida
E assim envelheço
sucumbindo o corpo
num desejo de ode divina :
voltar a ser menina
diante da credibilidade de homens
e de pássaros livres
Erro mortal petrificando a alma
na dureza das palavras irreais
mas, eis que surge você
dizendo para eu pular
de olhos fechados
de olhos fechados
e alçar voos que só
minha incrédula visão
de ave proporciona
basta acreditar
em um novo céu
e na luz do luar
Adriane Lima
Arte by Italia Ruotolo
Adri,
ResponderExcluirO leve pulsar, acreditar em si , alçar voo inconsequente, coragem e certeza de amplidão...de céu, de ousadia, de liberdade, de novidade.
Como sempre, lindo!
Abraço,
Aureliano.
Sim, Adriane Lima, o amor nos dá asas para voar, mas é preciso coragem de saltar no escuro, pois certezas, garantias, não nos são dadas. Ante a possibilidade de sermos felizes, então, saltemos... façamos da coragem nossa arma para enfrentar o medo.
ResponderExcluirLindo poema!
Namastê!!!
Bjs.