Vivo oprimida
num sonho constante
num mundo oscilante
entre amar e esquecer
Esse amor amargor
só provoca dor
tão pouco sereno
é suave veneno
que minou em mim
Esse amor que é
denso e etéreo
é mesmo impropério
vive-lo assim
Minhas dores
nem sentes
és ausente
de alma lavada
de mãos já levadas
para outra direção
Vivo de teu eco
das migalhas recolhidas
às cegas me sufoco
e a carne esfolada em dores
de abertas feridas
Sou reflexo dissonante
e porque sei os dois lados de tudo
me calo nesse querer
ando por entre ruas
buscando não me perder
Todas as palavras
não as sinto como flores
são pedras atiradas
que obrigastes meu peito
à carregar
Adriane Lima
Arte by Michelle Van Cotthen
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