Há os dias doloridos
onde olhamos ao redor
e tudo nos dói
dores da alma imaterial
da alma que sucumbe
em existências sutis
dói a música
mesmo que fale de beleza
entre chegadas e partidas
dói a delicadeza
de uma carta de amor
com todas suas intenções
melodramáticas
dói o olfato
experimento que traz junto
o doce perfume que exala a flor
tudo dói
o papel me dói
o poder de escrever
um único verso
me dói
a chuva que cai lá fora, me dói
o cão que late longe daqui ,me dói
o silêncio dentro da casa,me dói
as longitudes me doem
como se entrassem
no meu corpo adentro
e me fizessem sangrar
a realidade
Adri Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário