Poderia ser, a cegueira da escuridão
a tempestade na seca
a luz em cada disputa
Mas, não...
tudo calmo, envolto em certezas
as cartas sobre a mesa de meu coração
Sem vaidades ou
vestígios de maldades
quero me abrigar
em ruas que não tenham nomes
e somente nós sabemos
aonde vão nos levar
Infinitas saídas
nossas entradas e bandeiras
que teimamos em levantar
Nada de cantar uma canção de amor
desfigurar-se em fel ou rancor
mel adocicado da ilusão
prato que se come para cuspir no chão
Cansei de montar exércitos
para me salvar das mortes diárias
em busca de você
Hoje eu não tenho rastros, nem correntes
nossos fantasmas são diferentes
de tudo que você me prometeu
E se hoje te encontrei e me perdi
em outro tempo renasci
e se tiver que ser um dia : eu e você
nada irá nos deter
Mas, dentro do meu nada
cada porta, cada estrada
reivindica ao meu coração
que continue te dizendo : -Não
Adriane Lima
Arte By Andrius Kovelinas
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