sexta-feira, 26 de abril de 2013
Poema Óbvio
Eis que me vejo
pagando contas
andando em círculos
dormindo em pé
pousando leve
eis que me conheço
olhando fundo
pensando alto
sentindo muito
secando o pranto
eis que me tenho
segurando o mundo
perguntando para quê
seguindo para onde
vivendo e morrendo
em plena tela fria
presente todo dia
sem tempo, sem chão
apenas os dedos
em toques sutis
e olhos febris
esses já conhecem
toda maquiagem
entre a doçura e a
infelicidade
de se ganhar asas
sigo dançando
e observando
como são lindos os rouxinóis
quando ainda são crianças...
Adriane Lima
arte by Maria Kiriakov
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