Ser como a voz
que habita a
cidade
ser como o
silêncio
que habita em
mim
sair como quem
olha
o céu e percebe
a
complexidade
misturar o que se
sente
e mergulhar na frieza do
dia
abstrair da natureza
morta
não só nos objetos
inanimados
as mãos vazias, peito
apertado
a sujeira colada nos
rejuntes
a velha história em vários
ângulos
enxergar algum
sentido
dentro de
todos
se fragmentar e ser
inteira
dentro desse
vácuo
que me suga para
dentro
- pertencer
- despertencer
e dar a
coragem
um peso
incalculável
desconstruir as
dores
habitar os
vãos
acordar a palavra
esperança
ela está sempre
habitada
pelos verbos
que adormeceram em
mim
Adriane Lima
Arte by Krassimir Kolev
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