terça-feira, 16 de setembro de 2014
Caleidoscópica alma
A voz do pensamento
visita-me em tempos restantes
a poesia do olhar
envolta na suave angústia
movimento e enquadre
Quero contemplar a vida
que a alma deseja guardar
a retina em busca do que conhece
as cenas cotidianas
a temporada das flores
as cores aprisionadas na íris
possui a ânsia de nomes
Quero acreditar na vida
o pássaro perdido por detrás de prédios
o sorriso incomunicável do enquadramento
o silêncio do bailar da borboleta
a transparência do bem e do mal
o momento...
Quero apressar a vida
o sabor de minha língua sol
pedindo água de nuvem
o dia é sempre a descoberta
que vou desconstruindo
Quero enganar a vida
invejo o absoluto
há dispersão no vazio
a imagem que guardei e agora perco
- nada dói mais do que a imagem desconstruída
Nas sobras do tempo
eu sou também a cena difusa
o calor soluto
a mistura completa
por forças externas que vivo
Dói o que desconstruo
por um olhar romantizado
minha intuição é o presente
e me transporto em zero absoluto
Adriane Lima
Arte by Gustavo Klimt
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