quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Cotidianas III
Na transparência do olhar
a balançar num varal
lembranças banais
se transportam em mim
vesti-me de sonhos
como sedas voei
com desejos esgarcei
no balanceio do vento
assim como o amor
mudei a direção
em um rápido tempo
o destino do coração
é pendurar-se em linha tênue
e toda percepção
se agarra em tramas fortes
sem armaduras
sem bordados
fina textura
como pedia o sentimento
o tecido que nos cobria
era intensamente leve
a pele guardou o que foi marcado
nas veias de nossos corpos
agora, o ambíguo olhar parado
se despe e sente a vida
ventar-se é contingente
quando se perdem nomes
Adriane Lima
Arte by Ana Teresa Fernandez
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