sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Frêmito de asas
Acordei e me enxerguei
entre dois espelhos
a poesia e a realidade
visionário labirinto
onde instintos
me guiavam
avistava o longínquo
num céu de agruras
povoado por anjos caídos
e corações calejados
essas faces em conjecturas
apontavam minha solidão
sentimentos indiferentes
ante a vida de verdade
gestos programados
por um mundo palpável
flores na relva emolduravam o chão
o vazio dos instantes
feito de olhos distantes
que se existidos seriam eternizados
honrarias de homens
esquecidos no pó das asas
rastejantes Teseus
que nunca me encontrariam
Adriane Lima
Arte by Jack Powell
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