Minha alma conhece o
desamor
os lábios que sorriem
estirados
como uma cicatriz que se
estende
no frágil corpo que
sangra
nem toda descrença vira
pecado
Minhas mãos conhecem os
gestos
a alma perdulária que fala
soberbamente
como uma ave que entoa seu canto
no frágil galho que
flexiona
nem todo pecado vira
descrença
Ambos adormecem em
cada poro de meu corpo
restos que impunemente
ganhei da navalha do
tempo
sem o consentimento
vieram abocanhando meu Eu
covarde
hoje liricamente me
expresso
e costuro entre silêncios
as tristezas
docemente aprendi
abrir o peito e fechar o
corpo
pequenas rezas me
orientam
a suportar com firmeza
Adriane Lima
Arte by Alyssa Mons
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