Hoje eu queria
na cápsula do tempo
fazer uma poesia
Vinda da mansidão
das chuvas internas,
das ruas e bares vazios
Onde o refrão
pudéssemos cantar juntos,
onde pudéssemos acreditar
mudar o mundo
Sendo guiados
pela mesma fome
que faz girar tudo
que se consome
A humanidade está habitando
a mesma casa e
não pisando o mesmo chão
Em cada gota de água
em cada sede de sumo,
há demonstração da força
do silencio e solidão
Não foi o tempo, foi o espaço
o limiar de civilização
as unhas negras de terra
amparando estrelas ao caírem em vão
A Esperança de um moribundo é
a absurda condensação do Domingo
Adriane Lima
Arte by John Broph
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