Quando olho minhas mãos vincadas
resignifico imagens
sou aquele astronauta que do espaço
enxerga rios, mares e matas interligadas
Cada risco de minha pele são esses traços
que o tempo construiu, limitou, esculpiu,
pôs pontos onde quis, (mudando o que havia )
Mãos que construíram, tocaram,
fugiram, conduziram, modelaram,
realizando tudo o que eu quis
Eu e o tempo estamos hoje, como o astronauta-
flutuando entre o que vejo e o que me tornei
levezas e flutuações diante a bolha de sabão chamada vida, onde ninguém controla a trajetória
Na loucura da busca,
a ilusão transcende e
ao mesmo tempo
mostra que está tudo sob controle
Silêncio em meus silêncios, olho de minha janela
o mundo a que sobrevivo
A vida desfolha o passado, o que você vê é o que você se torna.
Feito o astronauta, admirada, aguardo o futuro que traço agora
Como todo homem que pensa em infinitos
Adriane Lima
Arte by Agneska Weska
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