A matéria da qual
Meu corpo foi feito
Devia ter vindo com defeito
Muita água na mistura
Meu corpo foi feito
Devia ter vindo com defeito
Muita água na mistura
Muitos sonhos e procuras
Sem medo e sem lisura
Frente a determinadas criaturas
Que ferem meu bem querer
A mistura que moldou-me
Na tristeza e na alegria
Verte água noite e dia
Junto a minha poesia
Já nem sei se isto é sina
Ou lampejos de menina
De acreditar que Deus existe
E sentir-me assim divina
Do barro nobre dos poetas e sonhadores
Construida em castelos de ilusão
Doces palavras e labirintos
Olhos d' água, loucura e paixão...
Adriane Lima
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