segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Procura Infinita
Viro a história do avesso
entre o bem e o mal
em cada novo poema
busco um sinal
Solto as palavras
em forma de cansaço
vou as marés da procura
buscando teus braços
Igual Deusa
que abriu ferida
me fiz mulher
nessa despedida
voltei pra vida
como quem não
encontrou saída
Optei por silêncios
por nossas diferenças
em esquecer de tudo
e não ter mais crenças
existe uma voz em cada verdade
existe um não em cada solidão
O meu sangue é fogo
e o teu ternura
o teu jeito é escape
e o meu procura
o meu amor é pele
e o teu tortura
o teu corpo é marinheiro
e o meu é clausura
Nesses desencontros
sigo minha sorte
sirvo minha noite
num desejo forte
Entre uma saudade
e outra eu me alimento
me perdi buscando
o teu sentimento
Solto minha dor
em poemas tristes
em planícies largas
desertos e asfalto
estradas que ligam
minha vida e a morte
Te busquei no sul
me perdi no norte
Adriane Lima
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário