Eu sou essa que habita
dois mundos
vejo minha existência comum
entre rotas e calendários
coisas que tem forma
marcações entre
a terra e o céu onde
tento estar
vejo-me envelhecer
através de meus cabelos
das rugas
meu espelho mostra
o que não sou mais
espelho guardado
retrato do que me vejo
e nem sou capaz
vida que poderia
ter sido intensa
valesse a recompensa
por tudo que já passei
sinto-me hoje
em outra esfera
esperando o tempo
de renascer
ninguém conhece o mundo
por trás de meus olhos cansados
Minhas mãos dilaceradas
de tanto oferecer
dar vida aos meus desejos
buscar intensamente
colorir o cotidiano
mas minha voz calou-se
essa não acorda mais espantada
não grita mais minhas verdades
Eu sou essa agora
que preferiu o silêncio das feridas recentes
Adriane Lima
dois mundos
vejo minha existência comum
entre rotas e calendários
coisas que tem forma
marcações entre
a terra e o céu onde
tento estar
vejo-me envelhecer
através de meus cabelos
das rugas
meu espelho mostra
o que não sou mais
espelho guardado
retrato do que me vejo
e nem sou capaz
vida que poderia
ter sido intensa
valesse a recompensa
por tudo que já passei
sinto-me hoje
em outra esfera
esperando o tempo
de renascer
ninguém conhece o mundo
por trás de meus olhos cansados
Minhas mãos dilaceradas
de tanto oferecer
dar vida aos meus desejos
buscar intensamente
colorir o cotidiano
mas minha voz calou-se
essa não acorda mais espantada
não grita mais minhas verdades
Eu sou essa agora
que preferiu o silêncio das feridas recentes
Adriane Lima
Arte by Karol Bak
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