Palavras submersas
Que a noite silenciosa
coloque em meus dedos
palavras comoventes
uns versos,uma prosa
que eu acerte a fantasia
e que o sonho se refaça
por vida ou por pirraça
mas que não me deixe
aqui sentada,sem palavras
sem estrada, sem rumo
ou direção
Não quero mudar contexto
roteiros que não planejei
palavras que procurei
sentando-as em fila
talvez agora elas nascessem
em um pote de vidro
um mar monossilábico
onde morro na praia
da semântica encantada
um sinal,além da pauta
além da música que ouço agora
além da memória
livre escolha ,na folha
emendo os nomes das coisas
soltas pelo quarto
eu, livros,cama,drama
peixes na parede
sem rede
sem rima
palavras que hoje vão me abandonar...
Adriane Lima
Arte by Samy Charmine
Lindo!
ResponderExcluirObrigada Luciana,fico muito feliz com teu olhar em meu blog.
ExcluirBeijos