(...) e lá vou eu, examinando,
espionando
Vou tachado, sou pesado,
rotulado...
Meu povo!
Como nos deixamos cair
em tamanha abjeção??"
Raul Seixas
Enfim escrevo, e aminha linguagem é fácil para aqueles que estão ou não "acostumados", a mergulhar em profundidade, da escrita usada pelos poetas...
Oh, então direis: Ouvir,estrelas ?
Por certo perdestes o senso
e eu vos direi, nem tanto...
Enquanto houver espaço, corpo e
tempo e um modo de dizer -Não...
eu canto....
Seria esse um anti-acidente já citado por Caetano??
Enfim, parece que todos viraram poetas, eruditos, benditos, malditos, canibalescos, comedores de palavras e de meio fio...
É tanta gente na estrada, rimando cataclismas com pavão, achando ser isso: erudição...
Mas, eu gosto mesmo é de poesia simples, feita para quem entende o humano por trás de cada letra.
Simbologia maior que nos trouxe até aqui.
Sim, a escrita, o símbolo gráfico...para sempre!
Adélia Prado, Cecília Meireles, Cora Coralina, falavam do terno, do cotidiano com toda simplicidade.
Hilda Hilst complexa em seus textos em prosa, mas para falar de amor, era liquida, certeira, odiava quem comentava sobre erudição...
Eis um trecho em questão : "Ainda não entendo os eruditos sobre suas declamações de amor. Pincelam em seus versos...
os tons mais bonitos de azul, lilás, marfim e toda cor....à mulher amada se discorre bordões:" és meu porto-seguro, és meu cais"e a cada frase se engole uma dose demasiada de paz..." (Perfeita, como sempre )
Seria esse um anti-acidente já citado por Caetano??
Enfim, parece que todos viraram poetas, eruditos, benditos, malditos, canibalescos, comedores de palavras e de meio fio...
É tanta gente na estrada, rimando cataclismas com pavão, achando ser isso: erudição...
Mas, eu gosto mesmo é de poesia simples, feita para quem entende o humano por trás de cada letra.
Simbologia maior que nos trouxe até aqui.
Sim, a escrita, o símbolo gráfico...para sempre!
Adélia Prado, Cecília Meireles, Cora Coralina, falavam do terno, do cotidiano com toda simplicidade.
Hilda Hilst complexa em seus textos em prosa, mas para falar de amor, era liquida, certeira, odiava quem comentava sobre erudição...
Eis um trecho em questão : "Ainda não entendo os eruditos sobre suas declamações de amor. Pincelam em seus versos...
os tons mais bonitos de azul, lilás, marfim e toda cor....à mulher amada se discorre bordões:" és meu porto-seguro, és meu cais"e a cada frase se engole uma dose demasiada de paz..." (Perfeita, como sempre )
Grande Hilda, foi simples para falar de amor, como toda mulher apaixonada.
Porque para fazer poesia não é preciso falar difícil, porque senão perde-se o objetivo e o objeto do amor perde-se também entre palavras.
Não é preciso haver embocaduras, envergaduras, aberturas de dicionários....
Amor é interplanetário...em qualquer gesto se faz entender.
Em um olhar, o ser enamorado pode revelar mais que em mil poemas escancarados.
Amor não é só para vender calça jeans na televisão como disse Jabor.
Porque para fazer poesia não é preciso falar difícil, porque senão perde-se o objetivo e o objeto do amor perde-se também entre palavras.
Não é preciso haver embocaduras, envergaduras, aberturas de dicionários....
Amor é interplanetário...em qualquer gesto se faz entender.
Em um olhar, o ser enamorado pode revelar mais que em mil poemas escancarados.
Amor não é só para vender calça jeans na televisão como disse Jabor.
Manuel Bandeira bem citou em um trecho de seu poema :
" Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.
- Não quero saber do lirismo que não é libertação."
Minha poesia não é nada além disso: libertação.
Se é objetiva, se dá o seu recado, me questiono então:qual?
A poesia dá recado até em papel de pão.
Só não quero escrever abrindo dicionários para dizer que escrevo para os literários de "plantão"...
Afinal, existe muita poesia oculta, até em uma Asa de Borboleta !
E que venha ler, quem se interessar pela questão...
Adriane Lima
" Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.
- Não quero saber do lirismo que não é libertação."
Minha poesia não é nada além disso: libertação.
Se é objetiva, se dá o seu recado, me questiono então:qual?
A poesia dá recado até em papel de pão.
Só não quero escrever abrindo dicionários para dizer que escrevo para os literários de "plantão"...
Afinal, existe muita poesia oculta, até em uma Asa de Borboleta !
E que venha ler, quem se interessar pela questão...
Adriane Lima
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