quinta-feira, 16 de maio de 2013
Mil chaves de poesia
Poeticamente me retrato,sem artifícios
não consigo lidar com excessos de doçuras em poesia
aprecio o fel das desilusões e a solidão dos poetas
a coragem dos vencidos e o sonhos de voos
meu prazer na poesia , não conhece limitações
tão pouco contabiliza palavras de amor
para encontrar felicidade
o remédio para cura-me
é escrever com delicadeza
os anseios que rasgam-me o peito
sem pensar em abandono
é ler o desconsolo dos que ardem
em perdas imensuráveis
aprecio o vazio e as inverdades
dos poemas amorosos
quase soprosos por bocas senis
inspiradas em odes as musas
quase inertes e mistificadas
o tempo úmido da madrugada
não me deixa pensar
em rimas amorosas
o que sinto como amor poético
é a imensidão enternecida
pelos fracassados de alma livre
vindos da escuridão do inconsciente
entre o racional e o afetivo que se dissipam
ali, meu processo criativo
só contempla a quietude do poeta
onde,ele é puro segredo e plenitude
onde não há guerras
apenas a sensação de não saber
falar de amor em poesia
desafiando o peito literário
no momento da criação
consagro minha doçura de mulher
enaltecida pelas reminiscências
de histórias amorosas revividas
e com elas a acomodação do amor em letras
fugindo do sentimentalismo
vejo-me em colapso
com a consagração do verso liquido
escorrendo em verdades
eu e a poesia
-confesso : o amor é minha anarquia
Adriane Lima
Arte by Frank Kortan
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