Sem alento
e discernimento
o amor deu um nó
almas se perderam
ficando no breu
da memória
e a joia
que parecia tão rara
não passou
de metal polido
um brilho opaco nasceu
naquela manhã sem aromas
o botão da rosa secou
a grama não orvalhou
a cotovia não cantou
a fome do desejo passou
o fogo foi apagado
inferno revisitado
dentro de nosso éden
as canções perderam o ritmo
as composições de amor
tornaram-se avessas
instável flor de lótus
apoiada em gavetas
particulares
pedaços reticentes
o vazio e a nudez da alma
molhavam a flor
equilibrada
dentro deles
vidas seguiam paralelas
sincronicidades, só em telas
Adriane Lima
Arte by
que poema maravilhoso!!
ResponderExcluirObrigada Andrade Jorge,pelo teu olhar em minha poesia e por vir aqui "voar" nas asas da borboleta!!!!
ExcluirTriste e belo...
ResponderExcluirVeio à mente a definitiva frase de Maria Rilve:
"Amor são duas solidões q se completam."
Amei a frase e posso te dizer que ela hoje fecharia o poema que acabei de fazer !!!!!!!!!!!!!!
ExcluirObrigada por sempre vir me visitar em poesias !!!!!!!!!!!!!!