quarta-feira, 30 de abril de 2014
Ciclos individuais
O mundo nem sempre dá atenção
a dor que guardamos no peito
é preciso que dos olhos
não saltem pedras
não cristalizem gestos
vivemos entre o sim e o não
por pura ingratidão
ao ofertarmos flores
a quem nos devolve espinhos
não há enganos em mim
a realidade crua promoveu
a energia necessária
para enxergar tantos erros
construí muitos castelos
de areia e cartas
a contra gosto das intempéries
revestidas de amorosidades
sonhador nato
à extravios ingratos ?
- não saberia responder
ambivalência para alguns :
existem os sinceros farsantes
os leves em seus pesos
até os ásperos nas doçuras
há muitas coisas
que não se explicam
e servem de poesia
acalanto e magia
para colorirem o peito
enfeitando verdades
que não comunguem
dos mesmos olhares
repouso no papel
da escrita diária
a urgência necessária
para a mão transbordar
o que o peito guarda
acredito que assim
surgiram muitos poemas
com os pedaços da vida
que no final irão compor
os mosaicos de eternidade
Adriane Lima
Arte by Elena Berezina
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