Ando pelas ruas de
olhos fechados
os carros passam
me evitando
por duas vezes deixei o gás
aberto
meu cão desesperado latiu
avisando
alguém leve a minha
alma
longe do meu mundo está a
morte
perto do meu mundo está a
sorte
me fazendo regressar
me fazendo regressar
em um rio que corre
sozinho
feridas que não pude
estancar
sua presença rondando o
caminho
seu perfume em minha vontade
seu perfume em minha vontade
sua voz anuncia
saudade
faz silêncio no meio da
tarde
me rodeio de frágeis
mentiras
que trago com
complacência
entre diálogos que
completam
minha ignota
essência
histórias que guardei em
caixas
dor que engana em
profundidade
esse amor, se eu deixar me
afoga
santificai a
imortalidade...
Adriane Lima
Arte by Santiago Carbonell
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