Minha alma
dói
indecifrada
orquestra
em desarmônicas
vozes que
chegam
eclodem
gritos
na manhã
morta
de mais um
dia
tambores
uníssonos
de um velho
índio
busco a
gratidão
de meus
ancestrais
solo
sagrado
céu
acima
conviver
entre
meu jardim e
meus
bichos
a flor
aberta
a rama
seca
o segredo
do
dia
sem
som
a hora
certa
o mesmo
tom
canto,
cantares
cantilena
dor de
mãe
dor de
filha
dor de
olhares
me quero
sinfonia
habitável
sorriso
vivo um
tempo
impreciso,
entre
um acorde e
outro
estou beirando
misérias
estou gritando
pilhérias
zombo de minha
dor
vou aumentando
a
música do
destino
enquanto morro
em meu silêncio
Adriane Lima
Arte by François Freissinier
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