Hoje não há poesia
nem palavras escorridas
pela minha boca
ou pelo pensamento
Desejo tirar
as dores desse mundo doente
As manipulações que vejo
as forças que almejo
nos olhos de meus semelhantes
a continuidade da própria vida
em corpo e alma
Amar?
Viver a inocência desse verbo perdido
usado e ousado
carregado de intimidade
fomentado em banalidade
Bendito é o silêncio
que me entorpece
diante a inocência e a beleza
de um gesto verdadeiro
A poesia está na fragilidade
das entrelinhas
e na vulnerabilidade
que permanece comigo
Meu corpo pede colo
minha alma pede solo
que por esses caminhos
eu saiba viver à contemplação
Adriane Lima
Arte by Irina karkabi
Nenhum comentário:
Postar um comentário