Casa lacrada
De onde vinham
as forças de outrora
as estrelas brilhantes
de meu céu infante
a liberdade dos sonhos
que não pesavam nos ombros
de onde vinham...?
Sinto uma alegria
parecida com tristeza
dois desertos sobrepostos
em minhas frágeis certezas
Vou caminhando sobre
esse imperceptível fio
estou em um ponto vazio
feito silêncio lunar
Sinto a frieza em cada parede
que toco,em cada chão onde piso
e minh'alma dorme,em uma onda
do tempo e lá,vejo meu corpo desfalecido
Descubro com espanto e grito:
alma prisioneira
corpo prisão
a casa não tem janela
nessa minha habitação
Adriane Lima
Olá, Dri
ResponderExcluirQue profusão criadora.Belos textos tenho lido aqui: filóficos, metafísicos e essensialmente poéticos.
Sobre esta "casa lacrada... alma prisioneira", a busca da liberdade está no "céu infante" cuja pureza está na menina, na criança , e somente ela pode abrir portas e janelas.
Abraço,
Aureliano.
Devemos saber manter as portas e as janelas da nossa casa. De contrário, ficaremos encerrados nelas...
ResponderExcluirExcelente poema, querida amiga. Gostei imenso.
Beijo.