Os fantasmas que me amam
Eu nunca me matei
mas todo dia me mutilo
sangro entre asas e dentes
deito em gérberas e mirtilos
Finjo que estou morta
inerte em pleno abismo
retalho a carne que é fraca
corto as flores na faca
Eu sei o que sinto
meu mundo em pedaços
enfeitado por flores de
estilhaços do que minto
Todo dia insisto
flor de carne
em terra bruta
conjuga solidão comigo
Adriane Lima
Arte by Amy Judd
Há vidas que são "morreres"...
ResponderExcluirIntenso poema.
bj amg
Obrigada amiga poeta!!!
ExcluirFico sempre grata com seus comentários e leituras !!!