Desde que o mundo surgiu,através de um “Big Bang”,nós,mulheres carregamos um grande peso,capaz de aniquilar qualquer ideologia que existe sobre a face da Terra.
Hoje,pela manhã,deparei-me com um texto machista,extraído de um jornal. O autor começa dizendo assim:
“ Volta e meia vejo mulheres encantadas com uma mudança no comportamento dos homens de hoje.Constatam elas,embevecidas,que os homens se transformaram em bons pais.E é verdade. Em geral,os pais da minha geração tratam os filhos com desvelo e carinho,ao contrário de seus próprios pais,que não se comoviam com crianças,nem com as que eles produziam.O que as mulheres não compreenderam ainda é que isso é fruto da infalível lei de compensações da Natureza.Os homens de hoje,são melhores pais porque elas,as mulheres,são piores mães. Os homens cozinham como antes não cozinhavam,cuidam da casa como antes não cuidavam e tratam os filhos como antes não tratavam porque as mulheres deixaram de fazer tudo isso tão bem como faziam”.
E muitas “cositas “ mais desse gênero!
Bem,após ler tudo isso,pensei:”achei a chave mestra da evolução...”
Certamente,também fomos nós mulheres as causadoras do desaparecimento dos dinossauros,só pode!!
Todas as vezes que me deparo com questões tão descabidas,distantes das que aprendi,não sei se continuaria dando minha cara à tapa,ou se não sou desse planeta estranho e devo ,realmente me calar!
Acredito demais no “inconsciente coletivo”,tão citado por Gustav Jung .Ele diz que esse inconsciente é constituído por conteúdos universais e que é a base da psique,sendo uma condição imutável,idêntica em toda parte.Logo,já trazemos dentro de nós a crença de que o homem não é uma ilha e precisa do seu semelhante para crescer,aprender,evoluir.Hoje, felizmente,o mundo se expandiu,as pessoas se encontram,seja pessoalmente,seja através das redes sociais,trocam informações,conversam ,divulgam ideias.Mas,ainda me assusto quando leio ou escuto sobre questões da família moderna,criação de filhos e de espaço individual.
Nas rodas de amigos,que nasceram entre os anos 50 e meados de 60,como eu,a família era tradicional,”redonda”,com pai e mãe unidos,embora sofrendo calados as diferenças individuais.Resignados,já que o importante era manter a união estável.Provavelmente, muitos de nós ouvimos nossos pais reclamarem do cônjuge,falarem de que gostariam de sumir de casa,que a vida estava insuportável ,mas aguentavam “heroicamente”por viverem numa sociedade machista,onde ao homem tudo era permitido,restando à mulher,a submissão.”até que a morte os separasse.”
O mundo evoluiu e com ele,os relacionamentos amorosos,a maneira de viver o amor,não mais patriarcal,mas entre duas individualidades que buscam se realizar juntas.Começamos a entender o poeta ,quando diz nos seus versos sobre o amor:”que seja infinito,enquanto dure..”Percebemos que não somos mais obrigados a permanecer num relacionamento que nos torna infelizes,só para agradar à sociedade ou a família.
Atualmente,o que precisamos fazer,é pontuar as verdades que existem dentro de nós e procurar não nos assustarmos com elas.
Todos,sem exceção,sonhamos com um casamento eterno.
Ninguém se casa pensando em separação. Busca-se um companheiro que nos acolha,que nos cerque de certezas de vida,que nos aconchegue,nos dê forças quando nos sentimos fragilizados, enfim,alguém em que possamos confiar,acreditar.
Aquele tão sonhado amor avassalador,que nos arrebata e nos leva ao espaço,o amor utópico,pertence à adolescência.Ele é feito de viagens,projeções,distante da realidade do amor maduro,que é tecido pela cumplicidade,pela troca de olhares ,pela fala silenciosa,pelas afinidades.
Todos,sem exceção,sonhamos com um casamento eterno.
Ninguém se casa pensando em separação. Busca-se um companheiro que nos acolha,que nos cerque de certezas de vida,que nos aconchegue,nos dê forças quando nos sentimos fragilizados, enfim,alguém em que possamos confiar,acreditar.
Aquele tão sonhado amor avassalador,que nos arrebata e nos leva ao espaço,o amor utópico,pertence à adolescência.Ele é feito de viagens,projeções,distante da realidade do amor maduro,que é tecido pela cumplicidade,pela troca de olhares ,pela fala silenciosa,pelas afinidades.
Hoje,muitos de nós viemos de outro relacionamento fracassado e cada qual tem suas histórias,seu passado,suas experiências,seus traumas,seus medos..Quando me sento para conversar e ouço as histórias,vejo que é verdadeira a frase que diz :” Na dor,todo mundo é igual”.
A vida, a todo momento nos pede decisões e para todas as ações haverá sempre um reação e por razões que às vezes nos escapam,o outro perde o encanto,muda,parte em busca de outras coisas,ou se fecha,deixamos de sonhar ,um cresce,o outro permanece e ,de repente,um grande vazio se instala .E assim,terminam os sonhos e um relacionamento. Mas,a família nunca acaba. Os filhos,sempre serão filhos .
Nesse ponto nossos avós e pais erraram,ao firmarem-se na ceretza de que a família é a que mora debaixo do mesmo teto,mesmo sendo infeliz!!!Nós assistimos à evolução dos relacionamentos,vimos mulheres irem à luta,queimarem sutiãs em praça pública em busca de igualdade,mas culpá-las por batalharem por seus sonhos,por tentarem uma vida melhor e mais produtiva do lado de fora do muro,imposto por uma sociedade....Elas apenas queriam ser reconhecidas,valorizadas.
Como disse Lia Luft numa entrevista:”A mulher aprendeu a gostar de si mesma e a ficar sozinha,sem angústia e sem ansiedade.às vezes,as mulheres mantêm ligações péssimas por medo da solidão.’E então,o que fazer?Devemos ficar nelas,repetindo os mesmos erros de nossos avós e nossos pais ?Nos deparamos ainda com ranços machistas que acham que as mulheres valorizam mais os amigos,o emprego do que a família.Mas,não é verdade. Acredito e admiro muito a mulher atual que vai à luta,e não fica vendo a banda passar,mas está sempre muito antenada,observando o que acontece ao seu redor e no mundo. Essa mulher que sabe amar de verdade e tudo faz para que não sofram as pessoas que ama. Ela tenta solucionar e minimizar os problemas com seu olhar feminino,coisas que passam despercebidas pelo descuidado olhar masculino.Não é o dinheiro,nem o status,nem o sobrenome que pesa ,hoje em dia,na escolha do parceiro,porque já sabemos ,bem antes da revista “Caras’ que casamentos assim,só servem para ilustrar capa de revista e se acabam com a mesma rapidez com que começaram.
A grande maioria dos homens modernos entendeu que, educar e orientar os filhos não é tarefa apenas do sexo feminino,mas de um pai responsável,que deseja o melhor para os seus filhos. As tarefas de casa passaram a ser compartilhadas .Embora separados,a família continua,as lacunas devem ser preenchidas por ambos os lados.
Assim,nessa aventura de estar com os filhos, nos finais de semana,quando as empregadas se ausentam,muitos pais enfrentam um fogão,ou um microondas e garantem uma harmonia maior ,mais divertida e mais calorosa.
É uma pena o amor ser tão frágil!
Ser feliz no amor ,é o sonho de toda mulher.
Ser feliz no amor ,é o sonho de toda mulher.
Mas,uma coisa está bem clara para todos nós;é preciso ter forças para nos reinventarmos todos os dias!
O que não é nada fácil!!
Seu texto tá perfeito e maravilhoso!!! Só faltou o nome do FDP que escreveu o texto que vc leu. E ficou uma coisa sem explicação também: Se extinguimos os dinossauros, como ele escreveu o tal texto??? Mistééério......
ResponderExcluirAh, Nane, juro que não valeria citar o nome de um "troglodita" desses...rsrsrs.
ExcluirEle realmente é um dinossauro!!!
O homem sabe muito pouco do Universo Feminino...creio que esse ponto é fundamental para um entendimento mais qualitativo. Lembro-me uma vez que minha mãe disse-me: Venha cá, quero lhe explicar umas coisinhas...coisinhas lindas sobre a sensibilidade feminina. A partir desse dia dialogavamos sempre sobre essas coisinhas super importantes. Ainda tenho muito à aprender. Adorei o teu texto ! Aprendi mais um pouquinho. Parabéns pelo lindo Blog ! Vc é uma super escritora ! Beijinhos.
ResponderExcluirObrigada Carlinhos, e saiba que homens com olhos de sensílidade são os que evoluiram junto as mulheres!!!!Sua mãe lhe passou lindas lições de vida,por isso és poeta hoje.
ExcluirAbraços
Adri
Os dinossauros estão vivinhos e até aprenderam a escrever (bobagens mas escrevem). Que venham os dinossauros, nós mulheres estamos a sua espera. ADOREI o texto. Beijos
ResponderExcluirAdorei teu cometário...rsrsrs,bem isso mesmo os dinossauros aprenderam a escrever bobagens machistas,mas nós mulheres estamos aqui paar combate-los!!!!
ResponderExcluirbeijos minha amiga!!!
Nem me surpreendo mais com seus textos. O que se torna um crescimento constante de responsabilidades mútuas: vc como escritora, nós como leitores que, por mais amigos que sejamos, jamais devemos gostar se, de fato, não merecer.
ResponderExcluirSim. Na dor somos todos iguais; na alma podemos ser.
Sou de uma familia calcada no machismo exacerbado. O diálogo com meu pai sempre terminava em cintadas caso não concordasse com ele. Talvez a causa tenha sido a mesma. Ante a opressão, as inteligencias buscam a razão. Injustificável o machismo de ontem; injustificável o feminismo se distanciado na natureza da mulher. Assim, "endurecer sem perder a ternura", deve ser uma definição para ambos. Homens e Mulheres. A sensibilidade no olhar - da alma - diferencia as pessoas. Sermos racionais não significa não nos derretermos de paixão. Pai de 3 filhos, criados por mim, pois minha 1ª esposa faleceu qdo ainda eram muito pequenos, transformei minha casa em uma república. Lá somos todos responsáveis. Eles ajudaram no meu amadurecimento e eu, maturo por eles, os apoiei num crescimento saudável e sobretudo humano. Hj são adultos sensiveis e responsáveis donos de suas vidas.
Adriane, não sou seu admirador. Sou antes consumidor de suas poesias e textos. São muito úteis neste mundinho desprovido de sensibilidade. Amei seu texto, me fez feliz concordar com tudo que escreveu. Fica com Deus.
Luiz,primeiro quero agradecer pelas palavras de elogio ao texto,mas acima disso quero te dizer que teu cometário me emocionou muito,foi para homens como você que escrevi esse texto,homens que viveram o machismo mas, souberam ter olhos para as mudanças da vida,sim:"endurecer sem perder a ternura"...isso é perfeito!!Olhar a vida com esse olhos não de competição e sim de igualdade entre homens e mulheres é onde tds os filhos ganham,obrigada pelas tuas palavras não ao meu texto em sí, mas, por ter me mostrado que estou no caminho certo!!!
ResponderExcluirUm forrrrte abraço!!!
Adri,
ResponderExcluirParabéns pelo olhar sincero e preciso. Penso como Simone Beauvoir quando ela fala que mulher não nasce, mas se torna uma. Então é por aí, somos mais homens pelo o que é nos fornecido de desafios, mais evoluímos a espécie, permitindo a seleção natural de gostar de si mesma.
Beijos.
Lu