quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Dor emoldurada



Sal das palavras
onde tudo acaba
meu corpo não é
mais meu corpo

Doem meus ossos
ao apoiarem-se ao chão

Tudo transborda
ao respirar fundo
obscuro muro é o desejo

Frágil mudez que
aprendi a decifrar
olhos de oceanos que
consegui atravessar

Transformo minha fala
em suspiros
tenho farpas por entre poros

Vesti couraças ao perder carícias
meu corpo tem memória amorosa







Adriane Lima





Arte by Nadila Cherkasova

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