quarta-feira, 11 de abril de 2012

Incerto Abril



Esse imenso Abril
parece não terminar
desabam montanhas
ressaca o mar
Teve gosto de saudade
alegrias e necessidade
deixou a eternidade
vir de novo se instalar

Dentro de minha casa
já não mora mais o vento
as folhas caídas  foram levadas
feito dores suicidas
de um princípio sem ter fim

Por entre ruas, carros e edifícios 
a carne sangra a dor do outro 
e Abril não desistiu, 
de partir dentro de mim.

Rasgando meu peito feito nuvem
mudando desenhos e contornos
a olhos vistos no infinito
 
Talvez assim,houvessem gritos
De anjos e Querubins






Adriane Lima





 Arte by Yannick Bouchard

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