Réquiem de um sonho
A noite para mim é um deserto
enquanto a vida dorme
faz-se em mim um silêncio enorme
então, não sei quem sou
De minhas visões saem anjos
e por momentos , cinzentos
asas quebradas pela dor
quarto crescente da lua vaga
em céu silente e sem calor
Envolvida , minha mente
manifesta renitente
o que o vento me murmura
e o que o tempo transfigura
Percebo que os vivos
estão mortos
é meu réquiem de sepultura
para os mortos que estão vivos
sendo a raiz dessa amargura
Crio o funeral de um sonho
envolta em nostalgia
matando minhas visões
acordada, sou poesia
Morte e vida seguem unidas
feito irmãs siamesas
e nisso sinto a magia
Ouço Mozart ao nascer do dia...
Adri Lima
( Imagem Yannick Bouchard )
Para os iluminados não existe escuridão.
ResponderExcluirNão distinguem a noite do dia
Já os poetas pensam
Que podem encontrar a LUZ na Poesia.
O mais importante de tudo isso
É que ambos acreditam na LUZ
E tem plena consciência
Dos benefícios que ela produz.
Os poetas se energizam
Com música no seu dia a dia
já os iluminados tem a natureza
Como sinfonia.
Mas o Poeta-iluminado
Não faz caso da dicotomia
Pois seu Universo é fantástico
E recheado de magia.
Adri,
ResponderExcluir"Mozart ao nascer do dia" arrebata um sonho e permite a visão dos anjos no deserto.
Lindo!
Lu