Há um homem
que me dói na carne
debaixo das unhas
que me dói na carne
debaixo das unhas
que não o tocam
dor profunda e aguda
dilacerando meus lábios
em pensamento
em pensamento
encharcando meu corpo
sedento de mãos
que se desenrolam
solitárias
não bastam semânticas
versos, vertigens
desejo gozo e pele
sementes
de um amanhã febril
mãos e nãos
onde dele
extraio o liquido
frescor das palavras
derramada em
tardes vazias
e o
entrego
desencantada
desencantada
a minha vida
dói por não sabê-lo
dói por não senti-lo
extrai de mim
o meu melhor
e ele nem
sabe
-meu homem
é dor e amor
é dor e amor
tão imprecisos
Adriane
Lima
( imagem retirada da net )
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