Olhos de mitos e ilógicos
De minha boca lacrada
a
folha rasgada
se fez vendaval
levada
pela impulsividade
sou fel encobertando meu mel
tempestades me
saem
palavras esvoaçam
e ameaçam quebrar esse silêncio
tantas
injúrias me acusam
personificam-me em Medusa
a solitária e sem imagem do
real
petrifico-me e desejo
quebrar esse feitiço
auto punição
constante
lágrimas vertendo sal
pedra não sou
espelho me
vejo
não perdi o mapa de minhas rotas
apenas não alcanço o meu
desejo
muralhas,mentiras,medos
pernas e penas
ao
infinito
antigas portas
já não me abrem
antigas vestes já não me
cabem
existe pégasus em mim
e meu voo contém o antídoto
desse
veneno endurecido
libertando os filhos de meu destino
Adriane
Lima
Arte by Web
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