Mordi a borda Escandinava do poema
sim, ele me lembrava os países frios
do velho mundo.
Era a Finlândia de meu despertar noturno.
A insônia presente no mais puro roer de
unhas, quando se está ansioso.
Encarei o meu saber duvidoso
unido ao colorido da empáfia
e travestido do mais
deselegante gesto de soberba
que me mantinha acordada
Demorei, mas cuspi a insônia
sustentei as palavras que moravam
em meu olhar, e que pairavam diante
do caderno em que rabiscava em círculos
sensações já pressentidas
Sonolentos silêncios que trocamos
foram suficientes para que eu entendesse
Ficou tudo tão claro e frio
por permitirmos que a lisura da poesia
tomasse conta daquilo que nós
deveríamos ter cuidado.
O meu poema transpirava palavras
algumas bem antigas e insistentes
chamadas pelo egoísmo visceral
que nitidamente me observava
Vinha do Alasca provavelmente tanta frieza ...
Adriane Lima
Arte by Tina Spratt
Nenhum comentário:
Postar um comentário