Me desprendo da agonia do não
a resignação não vem pronta
deixo em minha pele marcas
de uma trajetória plena
sou arquiteta do meu corpo
cada marca esculpi devagar
ora amando o que o tempo trouxe
ora odiando o que mesma fiz
a minha história eu escrevi
bem ou mal, fui dona das vestes
e fantasias que aqui costurei
o infinito entrará em linha reta
ao saber que a cada morte
eu volto pronta
Sem remorsos pelas raízes
que não soube cuidar
e aos frutos colhidos
dou minha porção de vida
sem falsas palavras
minha alma segue livre
não há planos
para novas paisagens
a não ser, a oração nossa de cada dia
Adriane Lima
Arte by Edson Campos
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