Há um grande
deserto
entre o que fui e o que
sou
e esse átimo perdido no
tempo
tantos laços
emaranhou
perdi pedaços de
mim
fragmentos
poéticos
entre olhares
pessoais
e impessoais
quem sabe de
mim
sou eu e minto
pelo simples prazer
pelo simples prazer
de doer e me fazer maior
em
sinceridades
e menor em
vida e
espontaneidades
por isso sei que
o mundo, não é dos poetas
o mundo, não é dos poetas
míopes de
realidade
há o colorido das
horas
há horror e
ansiedade
como um elo
incomunicável
de um ego
aprisionado
somos Teseu em
busca
da saída e da
morte
do Minotauro
não há paredes
movediças
nem portas
destrancadas
há a solidão do
existir
neste deserto
sem água potável
Adriane Lima
Arte by Alberto Pancorbo
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