No ovário da noite
deposito estrelas
já depositei minha centelha
de vida na terra
incandescentes lavas
em tempos de sinais
sangue de mim
escorre em vidas
sangue em mim
não há mais
a não ser a poesia
essa sangra
todos os dias
ávida no abandono
o sangue é o sono
da noite sem estrelas
aguardando novos ciclos
há que se ascender novas chamas
Adriane Lima
Arte by Christin Schloe
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