Um passo, um pouso
fiapos de frases
restos de ideias
fluxo de palavras
buscando equilíbrio
poeta se vê
em corda bamba
na vertigem
de um desejo permanente
paixão que leva
ao dolo
feito grafite na parede
o proibido é liberto
quando o poeta
se vê no amor
o que era o branco do papel
passa a ser
seu desejo cristalino
capturando instantes
de felicidade
gerando o rebento
de um futuro ansiado
andar de mãos dadas
e olhos vendados
sobre um muro
sincronizando
a dança dos anjos
e profanos
para o salto
basta
escolhermos bem
o abismo
asas já temos
Adriane Lima
Arte by Dorina Costras
Nenhum comentário:
Postar um comentário