quinta-feira, 22 de maio de 2014
A invariável definição
O poeta equilibra-se entre
a fantasia das sensações
e as empíricas percepções
sai da dor escondida
analgesia aferida
a contingencia da vida
a essência da mente
do ato espontâneo
da ordem e do caos
que transcende as palavras
o homem, transmuta-se
ao corpo, essa máquina perfeita
absorve, envolve,
compele, expele
e sente...sente
contrai e se expande
no tempo e no espaço
ali ,na anatomia
o que chamam coração
por pura sensação
denominaram que mora o amor
e alojaram como fossem objetos
os sonhos,os afetos
as dores e o dissabores
na ardência da paixão
tracejando linhas românticas
enfeitadas ,coroadas
onde grita o que se cala
por um mero referencial
coração...
esse é o órgão do anseio
do homem e do poeta
descrevendo a insatisfação
a auto superação
é acordar o homem
adormecer o poeta
por pura inadequação
passando por todos os sentidos,
o órgão, então oprimido
perde a localização
amor é transcendental
assim como a poesia
e conhecer a anatomia
não nos dá automatismo
além de um grave cinismo
de pôr um pedaço de carne
entre as mãos
dando-lhe o nome : razão
Adriane Lima
Arte by Joe Boe Paulsen
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