Um apito de
trem
solfeja em meio a
tarde
quebrando silêncios
um aperto no
peito
revela meu
tic-tac
interno
ponteiro
parado no
tempo
âmago
chuvoso
que arde, que
arde
dou corda no
sonho
dou voltas pela
casa
sobram
ilusões
em minha cara
metade
mergulho em
leito
automatizada
sinto
ausculto
corações
leio
poemas
rasgo
bilhetes
viro
páginas
conheço
emoções
por
impulsividades
enamoro
lembranças
de verdadeiras
paixões
entre tempos
perdidos
sou trilho em
atrito
no gritante
silêncio
de tudo que
sei
de tudo que
havia
encruzilhada de
túnel
luz nesse final de
dia
Adriane Lima
Arte by Sophie Wilkins
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