segunda-feira, 2 de junho de 2014

Sob a luz da suficiência

 
 
 
A efemeridade do verso
me mantém acordada
amparo-me no infinito
recorro a janela da alma
e transformo meu grito
 
toco com o olhar
o cancro do dia
o pão mofado e fétido
da existência sem virtude
 
expressão do pensamento
contida, areia dourada
das mãos de Midas
conheço o interno sagrado
natureza e felicidade
 
ouço a voz
do desconhecido
ofertando-me suas
velhas verdades
convivência
sociedade
 
-saciedade ...
 
refaço-me na indiferença
sigo em meu cansaço
um eco onde desperto
 
para o real
para o interno
para a vida
e a dor dos mitos
sem consertos
 
matéria bruta
dos sonhos
lanterna na mão
de Diógenes
sangrando
o bronze do tempo :
 
"Busco um homem que viva 
segundo a sua essência"
 

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