Eu, hoje, quem sou?
meu mundo, objeto tão
feito de questionamentos
sou as lembranças,
bagunças e andanças
que tentei organizar
meu baú de memórias
boas e velhas histórias
meu lugar de morar
o vazio do tom sépia,
com cheiro de algo guardado
por alguém tão particular
eu hoje, plena de vida
sempre a duvidar,
que tentei organizar
meu baú de memórias
boas e velhas histórias
meu lugar de morar
o vazio do tom sépia,
com cheiro de algo guardado
por alguém tão particular
eu hoje, plena de vida
sempre a duvidar,
da tal esperança contida
na bolha de sabão,
que se perde no ar
é brisa que passa,
é brisa que passa,
dor que transpassa e
eu sentada, na sala de estar
logo eu, que sempre mantive
a vida para cima,
tapando com unguento
os golpes de esgrima
as decepções que conduzem ao pensar:
talvez, meu lado de dentro
não seja tão forte
o de fora, entusiasmo, delírio
eu sentada, na sala de estar
logo eu, que sempre mantive
a vida para cima,
tapando com unguento
os golpes de esgrima
as decepções que conduzem ao pensar:
talvez, meu lado de dentro
não seja tão forte
o de fora, entusiasmo, delírio
vindos dos estragos e má sorte
onde o espelho me mostra
onde o espelho me mostra
diariamente, que sou perecível
e mesmo assim reinvento casulos
me guardo, e consumo
me guardo, e consumo
o fel das dores de cada mágoa
retida, que deixei passar
tudo arde, e me detém
fugir é instintivo
tudo arde, e me detém
fugir é instintivo
voar em poesia, todos os dias,
é livra-me desse campo minado
Adriane Lima
Arte by Miguel Angelo Avataneo
é livra-me desse campo minado
Adriane Lima
Arte by Miguel Angelo Avataneo
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