Vejo-me nua
na rua de teus versos
e estou à sombra
na rua de teus versos
e estou à sombra
de tua obra in natura
onde gozas o mel
onde gozas o mel
de tua poesia em minha boca
existencial me tornei
com os teus gestos
são os meus sentidos aflorados
que me dizem que eu existo
que me dizem que eu existo
mas, não você
o resto de mim
é o que a poesia não diz
nem me fala
nem me propõe
é o que a poesia não diz
nem me fala
nem me propõe
aprendi a colecionar silêncios
entre uma estrofe e outra
entre uma estrofe e outra
um dia há de ver
que entre adjetivos soltos
estou eu presa
entre as linhas descompassadas
do que não me escreves
perdoo teu silêncio em letras
e alguns verbos não conjugados
e alguns verbos não conjugados
que balançam feito pêndulo
em minhas horas mortas
em minhas horas mortas
onde não há necessidade
de se dizer nada
apenas profanar
de se dizer nada
apenas profanar
as luas que já passaram a tua espera
Adriane Lima
Dri, você tem um dom poético fora de série!! Adooooro tudo que você escreve. Vejo-me em suas palavras. Beijos
ResponderExcluirLindo e instigante como sempre!
ResponderExcluirTenha uma maravilhosa semana!
Beijo grande!