domingo, 29 de janeiro de 2012

Âmago de menina



Caminhos de perfume
infância distante
um belo lugar
feito acalentar
de colo de mãe

Em minha mente
nostalgias
uma rua só minha
onde eu corria
desenhava entre o
inferno e céu
uma amarelinha

De lá para cá
 já esquecidas
marcas do tempo
as lembranças

corroídas pedras
de esperanças

feitas de perguntas silenciosas
e do olhar de espectador

Por isso esperei tanto tempo
por isso a vida venceu
diante de mim
e da menina
que me pertenceu

Sei que sobrou muito pouco
desse brincar
leve e solto
dessa rua
que se fosse minha
jamais mandaria ladrilhar

Mas ela era tão minha
Tão minha

 



Adriane Lima

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