sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Fim de festa
Era eu na janela
com olhar de jejum
era eu na rede
com imensa sede
era tudo de graça
era fome e a pirraça
era eu querendo
tapar a visão do mar
era eu querendo
olhar e não enxergar
corpo em trajetória
de toda uma história
que cansei de empurrar
alimento o corpo
alieno a alma
ou vice versa
nem sei mais
a fome vem do tamanho
de nossas garras
instintivas descobertas
feitas de doce ou de sal
o doce sugere confeito
o sal mero defeito
lágrimas secam no varal
estendidas memórias
via sacra diária
compõe meu desassossego
velhos ou novos apêgos
que mudam de uma hora para outra
depois dos fogos artificiais
Adri Lima
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