Nunca sei ao certo
o real movimento
se é recuo ou volta
esse eterno tormento
fico atada
aos velhos detalhes
nunca estabelecidos
nem sei se vou ou se fico
do que nem podia ter sido
as imagens que passam
os silêncios que elevam
as verdades compostas
muitas vezes trazidas
pela poeira do tempo
escrevo no vidro da sala
sob a embaçada porta
versos que eram tão meus
verdades que foram mortas
histórias que eram compostas
palavras que escoavam
sem ter quem as contivesse
-doce loucura em vão
talvez isso explique o vazio
da solidão e do frio
daqueles que não se prendem
em rótulos
Adriane Lima
Imagem retirada da net
entre um verso e o labor, entre a insônia e o jantar , entre um amor e uma paixão, entre um voo e uma colisão, eu faço contas... conto quantos isso e aquilo existem, o que não sou, e elimino mais isso e mais aquilo, e cada vez sou mais impar, mais pleno, mais solitário... e mesmo quando reconheço uma solidão igual a minha, como essa de seus versos, sinto que não o único só, mas sou só... e tento não sair de uma caixinha comum para cair numa caixinha só minha, evitar esse rótulo, que já pegou... beijos, Carlos
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